
Escrito por Lars Von Trier, este é um pequeno filme que prima principalmente pela diferença.
Uma pequena cidade (aqui como metáfora para algo mais vasto, tal como o palco de Dogville o era) vive do trabalho nas minas. Os homens que não trabalham nas minas são descriminados e nunca serão levados a sério. Dick é um adolescente que sente na pela a indiferença dos outros por não ser um mineiro tal como era seu pai.
Um dia o acaso junta-o com aquela que viria a ser a sua melhor amiga, uma arma, que baptizou de Wendy. Dick apercebe-se da sensação de superioridade e de poder que lhe dá ter em sua posse um arma de fogo. Juntamente com um grupo de outros adolescentes excluídos pela sociedade formam os Dandys. Apesar de se auto-apelidarem de pacifistas o elo que os une são as armas. Cada um tem a sua, à qual dá um nome e todos a usam com o propósito de se sentirem mais seguros e à altura dos outros, mas sob a promessa de nunca a utilizarem para ferir alguém.
Dear Wendy é claramente uma crítica ao uso das armas e especialmente ao uso excessivo das mesmas na américa. Talvez demasiado moralista ou apenas opinativo, a ideia central que o filme pretende transmitir é a de que não interessa se as pessoas são boas ou más, que tenham ou não consciencia do que estão a fazer, porque uma arma será sempre um perigo para todos.
Os minutos finais do filme são impressionantes, especialmente ao nível da realização e Jamie Bell, depois da excelente prestação em Billy Elliott, demonstra ser um actor em crescimento ao qual devemos estar atentos.
A minha classificação é de: 7/10Etiquetas: Criticas |